"Sempre fui uma criança muito tímida, calada. E por causa disso me entregava à
leitura de livros, onde entrava nas histórias e as vivia.
Lembro que minha mãe comprava muitos livros para mim e para meu irmão, que é
dois anos mais velho.
A que mais gostei foi à coleção do Sitio do Pica-pau Amarelo, O Reino de
Narizinho, de Monteiro Lobato.
Na adolescência, por causa da escola, li Machado de Assis, Carlos Drummond de
Andrade, Fernando Pessoa, entre outros. Também adorava uns romances, que não me
lembro do nome, mas que podia ser trocado nas bancas, se não me engano era nome
de mulher. Alguém se lembra? Viajava nesses romances.
Depois disso comecei a ler romances espíritas da Zibia Gasparetto. Li muitos
deles.
Minha filha nasceu, então voltei a ler livros de estórias infantis para ela,
que se divertia.
Até hoje continuamos lendo, só que agora, ela é que lê para mim".(Andréa Martins)
“Tenho algumas boas lembranças com a palavra
escrita do meu tempo. Uma delas vem do meu tempo de aluno de 7ª série (atual 8º
Ano), estudante de uma escola pública estadual. Minha professora de
Língua Portuguesa nos ensinava os conteúdos através de leitura e interpretação
de textos. Mas não era uma interpretação de textos com base em perguntas e
respostas, tipo questionário. Ela fazia leituras de forma vivenciada
movimentando nossas imaginações e despertando nossos interesses pela leitura.
Foi quando comecei a freqüentar a biblioteca da escola e a ter interesse em
fazer leitura por diversos tipos de livros: romances, aventuras, poesias etc. E
este interesse foi logo se transferindo para a escrita. Numa de suas aulas, a
professora nos pediu que criássemos um poema em estrofes e versos. Eu senti uma
certa inspiração em fazer a atividade como se eu fosse um pequeno poeta naquele
momento. O nome do poema era chamado “Viagem aos Meus Pensamentos” o qual
retratava a minha vida interior cheia de vida, de sonhos, de desejos, de
projetos que eu construía com o movimento de meus pensamentos. De certa forma
retrava o meu estado emocional e psicológico da época e do momento. A
professora gostou tanto de meu poema que me incentivou a participar de um
concurso de poemas promovido por uma emissora de rádio da cidade. Participei e
foi classificado em terceiro lugar ganhando um livro de presente. Daí comecei a
ter gosto pela leitura e pela escrita e sempre percebi (e ainda percebo) que
podemos nos construir e reconstruir como pessoas e viver nossas vidas através
da leitura e da escrita” (por Anderson
José da Silva Zamingnani)
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